terça-feira, 22 de maio de 2012

Deputada Manuela participa de debate na USP


Nesta terça-feira (22) pela manhã, a deputada Manuela d`Ávila participou de um debate promovido pelo Centro Acadêmico 11 de Agosto, em São Paulo, na USP. Manuela fez um breve histórico sobre as lutas que as mulheres vem enfrentando na recente democracia brasileira, alguns projetos de lei que estão em tramitação na Câmara, incluindo um de sua autoria que prevê punição e fiscalização para desigualdade salaria.

O centro da fala de Manuela foi, no entanto, o machismo que insiste em rondar a política. "Fui eleita vereadora de Porto Alegre aos 22 anos. Disseram que era em função da mistura de juventude e beleza. Fui eleita, dois anos depois, deputada federal. A mais votada do meu estado. Cheguei à Câmara e fui tratada como “musa do Congresso”. Fui reeleita deputada federal em 2010 como a deputada mais votada do Brasil. E ainda assim, enfrento manchetes na imprensa – em pleno 2012 – que me valoram por características físicas e não pelo meu trabalho (o mesmo que conquistou a confiança de quase meio milhão de gaúchos). Isso não acontece somente comigo ou somente na política. Isso acontece todos os dias, em todos os lugares, em todas as cidades", disse.
Segundo a parlamentar, não se vê valoração física e, portanto pessoal, de políticos homens. E que isso basta para que todos vejam que existe, sim, machismo no universo político. "O que está por trás disso? Quais os desafios que nós, mulheres, precisamos enfrentar na política, nas empresas, nas nossas casas, nas ruas? Os desafios são imensos. Assim como é imensa a coragem para superá-lo", destacou.

Para Manuela, a Reforma Política ajudará na busca da equidade no Congresso. "Meu partido dá protagonismo verdadeiro às mulheres e temos uma bancada de homens e mulheres na mesma proporção. Isso não pode ser exceção. Pela primeira vez, temos uma presidenta no comando da Nação. Nossa presidenta foi a primeira voz feminina a abrir um debate geral das Nações Unidas. Dois marcos. Mas, ao mesmo tempo em que elegemos uma presidenta, somos apenas 45 deputadas e 12 senadoras no Congresso Nacional. Isso precisa mudar", argumentou.

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